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domingo, 7 de fevereiro de 2010

As etapas da Filosofia Grega - esquema didático

AS ETAPAS DA FILOSOFIA GREGA - PROF. ROGÉRIO ANDRADE

A. O Período Pré-socrático (final do século VII a.C. ao final do século V a.C.)
• Denominado de Filosofia da Natureza (Physis);
• Marcado pela cosmologia ou cosmo-ontologia;
• É a busca da arkhé (arché) – princípio constitutivo natural, eterno, imperecível e imortal gerador de todos os seres.

B. O Período socrático (final do século V a.C. e todo o século IV a.C.)
• Problematização das questões humanas no plano da ação, dos comportamentos – marcado pelas questões morais e políticas;
• Confiança na racionalidade humana para conhecer a si mesma e ao mundo;
• Definição das virtudes morais e das virtudes políticas;
• Separação entre a dóxa e a episteme – Sofistas e Sócrates e Platão.

C. O Período Sistemático (final do século IV a.C ao final do século III a.C.)
• Representado principalmente pelo pensamento de Aristóteles;
• Caracterizado pela sistematização do saber cosmológico e antropológico – é a compreensão da Filosofia como totalidade do saber humano; o Enciclopedismo Clássico.

D. O Período Helenístico (final do século III a.C até o século VI d.C.)
• Caracterizado por uma filosofia de caráter cosmopolita – decadência da polis grega;
• Marcado pelas questões éticas, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza, relações entre o homem e Deus – estoicismo, epicurismo, ceticismo e neoplatonismo;
• Influência do pensamento Oriental – orientalização da filosofia.

A HERANÇA FILOSÓFICA GREGA

• A natureza é regida por leis e princípios universais e segue uma ordem necessária e não casual ou acidental;
• O conhecimento verdadeiro deve encontrar as leis e princípios e necessários e deve demonstrar sua verdade por meio de “provas” ou argumentos racionais;
• A idéia de que o pensamento humano pode conhecer plenamente as leis necessárias e universais da natureza;
• A razão ou o pensamento humano opera segundo leis e princípios universais e necessários com os quais podemos distinguir o verdadeiro e o falso;
• As decisões e práticas humanas (moral, política, técnica e artes) dependem da vontade livre e racional ou apaixonada (emotiva), segundo valores e padrões sociais;
• Os acontecimentos naturais e humanos são necessários ou contingenciais, pois obedecem a leis naturais ou humanas ou são fruto das decisões humanas em condições determinadas;
• A idéia de que os seres humanos naturalmente aspiram ao conhecimento verdadeiro, à justiça e à felicidade; não agem de modo aleatório, mas instituem para si mesmos valores pelos quais dão sentido às suas vidas e às suas ações.

Fonte:
CHAUI, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª ed. 1ª impr. São Paulo: Ática, 2003.

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