A busca da verdade na Antiguidade e no Medievo - uma síntese.
José Rogério de Pinho Andrade
1. A filosofia na Antiguidade Clássica Grega
• A filosofia pré-socrática: acreditavam na existência de um princípio que dá origem e sentido ao mundo e que pode ser conhecido por nós por meio da teoria.
- Heráclito: tudo muda – devir (vir-a-ser). O ser é múltiplo e se constitui na relação de oposição interna (harmonia dos contrários).
- Parmênides: a imobilidade do ser. O ser é único, imutável, infinito e imóvel. Distinguia entre o mundo sensível e o mundo inteligível.
• A filosofia socrática (clássica): investigava as condições humanas da vida social, moral e política.
- Os sofistas: sábios itinerantes que cobravam por seus ensinamentos; elaboraram o ideal teórico da democracia; buscavam aperfeiçoar os instrumentos da razão (a coerência lógica e o rigor da argumentação) e iniciavam os jovens na arte da retórica. Para eles o logos não é mais divino, mas decorre do exercício técnico da razão a quem cabe confrontar as diversas concepções possíveis de verdade.
- Sócrates: costumava conversar com todos; seu método de diálogo tinha duas fases a ironia (fase destrutiva dos conceitos) e a maiêutica (fase construtiva dos conceitos); buscava a elaboração conceitual das ideias como bem, justiça, coragem, virtude, etc. privilegiava as questões morais.
- Platão: livro VII e A República – “Alegoria (mito) da caverna.” Dois sentido básicos: político (o papel do filósofo no governo da cidade) e o epistemológico (a questão do conhecimento). Teoria dos dois mundos: mundo sensível e o mundo inteligível. Dialética ascendente (do sensível ao inteligível). Teoria da reminiscência: conhecimento como lembrança. Sentidos são ocasião para despertar as lembranças da alma.
- Aristóteles: elaboração dos princípios gerais da lógica e dos conceitos que explicassem o ser em geral. Metafísica: alma como a forma, o ato, a perfeição de um corpo; os sentidos são a origem do conhecimento e os conceitos são obtidos por meio da abstração; a verdade consiste na adequação do conceito à coisa real; busca as causas mais distantes dos sentidos. A ciência: conhecimento pelas causas. Substância: essência (aquilo que não pode faltar ao ser, senão ele não é) e acidente (aquilo que pode o ser ter ou não ter, sem deixar de ser o que é). Matéria (aquilo de que algo é feito) e Forma (aquilo que faz com que uma coisa seja o que é). Potência (capacidade de tornar-se alguma coisa) e Ato (é a essência da coisa tal como é aqui e agora). A teoria das quatro causas: o movimento é a tendência que todo ser tem de realizar a sua forma própria. Causa material (aquilo de que a coisa é feita), Causa Eficiente (dá impulso ao movimento), Causa Formal (aquilo que a coisa tende a ser) e Causa Final (aquilo para o qual a coisa é feita). Deus: primeiro moto imóvel, o ato puro. Princípio da causalidade (tudo o que se move é necessariamente movido por outro). É necessário admitir uma primeira causa, por sua vez incausada, um ser necessário (e não contingente).
2. A filosofia Medieval: Razão e Fé. Filosofia e Teologia.
- Patrística: apologia (defesa) do pensamento cristão. A razão a serviço da fé. Santo Agostinho.
- Escolástica: São Tomás de Aquino: a razão como possibilidade de demonstrar a existência de Deus ou a criação divina do mundo.
- A questão dos Universais: é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas.
- Realista: o universal tem realidade objetiva
- Realismo moderado: os universais só existem formalmente no espírito, embora tenham fundamento nas coisas.
- Nominalistas: o universal é apenas o que é expresso em um nome, são palavras, sem nenhuma realidade específica correspondente.
- Conceptualista: os universais são conceitos, entidades mentais, que existem somente no espírito.
Bibliografia:
ARANHA, Maria Lúcia de; MARTINS, Maria Helena Pires. Filosofando: introdução à Filosofia. 4ª ed. rev. São Paulo: Moderna, 2009.
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