O
ladrão de machado
Por: José Rogério de Pinho Andrade
Por: José Rogério de Pinho Andrade
Um agricultor não
conseguia encontrar seu machado. Ele desconfiou que o filho do vizinho o tinha
levado e começou a observar. O comportamento do rapaz era tipicamente o
comportamento de um ladrão de machado. O rosto era de um ladrão de machado. As palavras
que ele pronunciava só podiam ser palavras de um ladrão de machado. Todas as
suas atitudes e todos os seus movimentos eram os de um sujeito que roubou um
machado.
Mas, um dia, mexendo
por acaso num monte de lenha, o agricultor achou o seu machado.
Na manhã seguinte,
quando viu de novo o filho do vizinho, o rapaz já não deixava transparecer mais
nada, nem no comportamento, nem na atitude, nem no modo de agir, que lembrasse
um ladrão de machado.
(Parábola chinesa atribuída ao mestre taoísta
Lie Yukou – século IV a.C.)
Referência:
PIQUEMAL, Michel. Fábulas filosóficas. Ilustração Philippe
Lagautrière, trad. Irami B. Silva. 2 ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
2009. p. 18-19.
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